1. |
Intro
04:50
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2. |
Protozoarios
04:50
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São zigoto, potros, usuários
garotos, escrotos, hilários, botos, não protozoários.
Meu lado canhoto diz que são pilotos mc’s
Sem raiz no esgoto, onde brotos têm vários.
A diferença é dos que crescem para o sol
Não aquecem o mercado, onde peixes padecem no anzol.
Enaltecem em prol, duma estrutura elevada
Com cultura sem ruptura, pois a jura imatura é levada.
Nesse rio de espuma quem viu algumas fases das dunas
Pressentiu a rota que o Brasil ruma
É difícil tio quem não sucumbiu numa
oportunidade de mil e views até vestiu plumas
Vem-me o pensamento, se momento
não estivesse com essa janela?
Poucos manteriam o sentimento
Como em todo segmento musical
alvorada termina e com o vento nego jaz nela
Pazsado no flow traz vela pro velório
De notório não fica nada eficaz dela
Das belas canções que compus fiz jus não fode
Me impus sem luz e moldes
Tudo isso que o traduz só me induz à ode
É muita marra de capuz com Toddy nus bigodes
Eu sei, já fui jovem também.
Que se foda as gostas acidas enquanto só chovem em alguém
Hoje nem submeto ao privilegio
De arrancar do esqueleto soneto como amuleto
Pois sou, obsoleto e trago no carreto o ghetto.
Pros que fazem, mas riam dos pretos no colégio.
Irônico irmão
Falar de hidropônico é salto supersônico irmão
Em cada verso preciso ser isotônico
Hidratar mentes sem tônicos com meus polifônicos são
pontos de vista eu falo
Nem conto quanto tonto na pista no embalo
Se matando com Crista de galo
Já falaram de mim e julguei como evangelho
No fim das contas enfim
Hoje entendo os mais velhos
E nos tornamos também, com as folhas e rascunhos
Escolhas nos punhos a arquivos de note books
Desde a fita K7 os picotes com truques
Na parceria com Choco, Mascote e Dukes
outros van Guardas dessa estrada
Que nos resguarda nessa porra
Sabendo que é preciso retroceder para avançar
E entender o processo pra o que rap não morra
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3. |
Trabalho Feat. Choco
04:50
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(PaZSado)
Vou pro trabalho cansado pego um atalho manjado
Como um paspalho parado, perco cascalho doado.
Como espantalho, valho sem dá um malho falho.
Uma hora escangalho o alho pro caralho o culpado
Enfim espero a rescisão não pondero indecisão
Sim venero a precisão prospero o mero bolão
Que quero tudo na mão sem lero-lero e opção
Seja sincero tu dançou bolero sem um salão
Pode deixar que eu assino vou relaxar divino
Sono no Guarujá fino marajá no destino
Pode queixar do menino vou desleixar no cassino
Vou marchar vou rachar até achar o meu sino
6 de seguro rapaz o jogo foi duro demais
Não vi futuro eficaz esse mundo é escuro pra tais
ainda procuro meu cais além do muro atrás
Eu juro que morro duro, mas esse apuro jamais.
(Choco)
Vou pro trabalho chegado sem ter galho quebrado
Me atrapalho atrasado, mas também Malho pesado
Não me encalho parado nem falho mal encarado
Espalho que João Ramalho é um opressor tão mudado
Quero revolução, não espero nada na mão
prospero em expor a ação, não tolero exploração
venero nesta opção dou zero a corrupção
e não tolero em ser sincero de coração
mesmo sem fumar um fino, nem acreditar em destino
nem me portar igual cretino, nem me jogar em desatino
pode parar esse hino, que vou cantar o menino
acelerar nem pensar sem eu concordar eu assino
porque procuro ser mais, puro seguro eficaz
nem sempre aturo meus ais, mas eu ser duro jamais
apuro em alguns jornais, prenderam o escuro rapaz
asseguro, eu juro esse muro um dia não mais
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4. |
Enquandro Feat. Fidell
04:50
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Pazsado
Naquela noite na favela sem fim de blitz
O som no Zé between the sheets
e na mesa Schin ou Guitz
Relaxava os frequentadores,
momentaneamente no barulho dos rádios frenquênciadores,
A polícia na quebrada no arrojo é presságio
de armas serem confundidas com estojos do estágio
de mulheres molestadas no bojo tão frágil
ágil proteção invertida dá nojo é plágio.
Quando alguém no morro morre shiuuuuuu!
o vermelho que no gorro escorre frio não é Tang é Uzi
a bala corre atrás da gang e quem o bang cruze
é porre vai pro mangue com sangue sem hangloose
o dia amanhece luzes se apagam
aqueles no bar do zé divagam e pagam a conta
tudo foi visto dali com um copo misto
na mão e sinais pra cristo de cruzes e vagam
desviam dos corpos só olham paciência
mães choram, filhos deviam na adolescência
pais oram, brilhos que viam numa ciência
social morta no Fórum da violência
Refrão
A morte e a vida formam um anel réu
é que se predispõe a quebrar o cartel o véu
da frieza normaliza o que é cruel o fel
sendo relatado Pazsado e Fidell
Fidell
noite suave pra quem nela se sente
à vontade liberdade pra covardes e gente, fina
que mira botecos em becos banais...
são ecos de tecos pretexto pra porte de berros
inquietos e mais
sem paz na ida e nem na volta, ora
quem se jogo no jogo assume o risco da derrota, corta
que a cena é triste, ruas de Diadema
tá tudo no limite, problemas são vários temas
cenas são várias corriqueiras
nos goles engole pros porres Askov e Dolly
patrocinando a bebedeira
pinos inclusos pra uso se der vontade
porcos imundos no abuso de autoridade
rondam sem giroflex, calada da noite atacada,
te trata como moleque forjando na calça larga
entre risadas, discussões, presepadas
nesse nicho segue o clico vivo, tido como lixo, "raça"
que ta nas praças, sem cooperar com as farsas
na rua atua e não compactua com canalhas
subvertendo padrões, patrões com cifrões
milhões multidões
que seguem cegos pela prata
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5. |
Triangulo dos Negocios
04:50
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(primeira parte)
Sem treta e sutil
Matava mais com canetas
Do que Berettas e Fuzil
Dentro da gaveta do refúgio a maleta com mil
Pra comprar o trabalho sujo
Com gorjeta a faceta servil
Na carreta o barril
Cheio de coca, torro.
Foca e loca o morro
Numa roleta febril
Dali grana se desloca
Das tocas, dos forros.
Na escolta de gorro na goleta
Preta o civil
Nessa roda viva
Grana fácil, palácio de areia e veias de aço.
Se der zica no corre o efeito é em cadeia morre
Ou se entrega o trafica que norteia a teia
no espaço
esse é passo a passo até o repasse
impasse não pode haver, pois a classe
esperar ver todo maço
no face a face, fascina a divisão pro conjunto
, pois todo sabem que dinheiro chama presunto
(Segunda parte)
São os negócios
Na borda prato
Dar Queijo e rato e mandato bem dócil
Clausulas no contrato pra fechar o consorcio
No mato no ócio o assassinato do sócio amarrado nos pés
Esposas no revés véus
Cobrem a cara, pela jura que fizeram a dez céus.
De guardar o segredo de todo esquema
Antes viúva com grana
Do que estar entre rés e réus
Não há aba em chapéus
A sorte é aparte, a morte faz parte
Pra corte e descarte, ser forte é a arte
Que é discutida político, policia, traficante, na casa em Ilhéus
asas ao léu, grande milícia
não casa noticia, não vaza escarcéus
não é novo, não é preciso
malicia o povo sabe quem pisa em brasa viu fogaréus
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6. |
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PaZSado
Com preço eu não me importo, se for preciso.
Importo adereços para ser entregue
Em meu endereço dos portos
Adoro a lei e suas interpretações
Sei que cifrões mudam linhas
Em licitações reporto
minhas ordens, minhas regras.
São impedir que o progresso sem expanda
A banda que ele segrega
Quem não se integra na ciranda
Entrega a comanda
Aos que suprem a demanda
Que se manda, se alegra
É isso dar o poder de podar.
E impedir de pedir se puder
Despede titubear não pode neguin...
O cargo é de confiança
Aliança com gosto amargo
Com encargos de liderança
Por trocos loucos vêm atração na redoma
Sobrevivem de subtração, divisão e lona.
Enquanto vivo de multiplicação,
Em Detrimento dos elementos o pra mim são adição e soma
Aplicação toma meu tempo, investimento.
Em expansão, pois ergo nosso edifício.
Desocupo espaços de várias famílias
nem preocupo ou desculpo, pois são ossos do oficio.
Refrão
Enfim morram por mim, sim
No fim vim para causar morte por din din
Te tornar louco na ausência
Conforme some esse é lema
O consumo que consome homem até o rim
(Rodrigo Tuche)
Marcelo é herdeiro já nasceu num berço dourado
Medeiros já larga na frente nessa corrida de dinheiro
Sua família tem tanto que eu não veria nem se um dia um banco eu tivesse roubado
Ou sequestrado Silvio no Morumbi
Talvez eu morria eu compraria tudo que um dia eu vi
Passando na tela, vulgo milagreiro que fez chuva de dinheiro na favela
É só um sonho mano, mas imagina as crianças correndo e gritando que tá na mão
infelizmente na real eu seria o trabalhador
que morre confundido com ladrão
na mochila carregando a marmita uma foto da filha Patrícia nunca um milhão
a noticia chocaria só que passaria rápido igual o dinheiro que não para na minha mão
Refrão
(Mascote):
O mundo todo em meu comando
Verá um pedaço meu rolando aonde quer que você bata os olhos
Ditando as regras do mercado
Empresas num jogo marcado mantendo seus monopólios
Vivendo entre estatísticas e algumas cifras
Fazendo a vida de quem diz que tira uma chinfra
Na mão de alguns poucos longe de alguns tantos
Vendo países com eternos problemas de infra
Que ficam a mercê do meu poder
E na mão de um governo demodê
Que em meu nome faz conluios acordos escusos
E seguem passando a boiada cometendo abusos
Posso ser ouro, prata, cobre
Uma injusta divisão entre o rico e o pobre
Um esquema Ponzi um Bitcoin o que você quiser
Até pirâmide e não aquelas de Gizé
Posso ser causa e consequência
Ou até mesmo as duas coisas em sequência
Posso ser ascensão e a queda
Com o perdão do trocadilho, as duas faces da mesma moeda
Refrão
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7. |
Kit das 12
04:50
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Primeira Parte
De forma poética minha ótica imagina como és
da cabeça aos pés, erótica despida de ética
a nudez tida exótica, mistérios nos seios
lambe-los com o critério, mas sem sérios receios
quem dera tê-los nos veios, perfeito da palma
no leito com calma tocar feito toque na alma
livre do efeito de trauma em sua essência
experiência, corpos suam num conceito de sauna
uau, podemos passar noites a fio que tal
no desafio real quebrar esse frio letal
que paira no coração, missão que empreito
caminho estreito sutil fino tipo teu fio-dental
no teu rio minha nau vai e naufraga
tesão, pleno tu flagras meu olhar te consagra e desce
pela silhueta a la Nicarágua a língua
sente o acentuado de jagra e agradece
imagino isso, não sei se imagina
repagino os dias que imaginei menina mulher
dão histórias infinitas eu sendo o teu voyeur,
e você sendo muito mais que vagina…
Refrão
Eu e você em um duplex, malícia no ar,
desejo, carícia, relex, propícia à lua
pra nós dois, o teto flex.
Perícia ao perito no trato vem .... sexy delícia...
Segunda Parte
Nossas cobertas encobertam delírios e descobertas,
respiros entre suspiros de boca aberta.
As pernas se apertam no deserto.
Dos lençóis verdes com desenhos
de lírios, nóis, rouxinóis, ver de
perto linda sombra a luz do abajur.
Fazemos jus e não finda corpos nus mon amour
me seduz, suas curvas são colírios,
minha mão um carro cobra conversível azul ouvindo blues nesse tour
shampoos e Petit four, Carmenerie e carbonara
ficara para nossa lara, pois, vara trança.
O ápice da núpcias, Fluídos,
sedes e flash Ruídos, paredes se mexem.
Numa rara bonança. Plá
cliques e closes. Fique como está,
meu globo ocular é Tekpix nas poses
celuloses de cédulas selam nossas células
em simbiose perfeita já deita incrédula
me entorpece malévola, benévola massagem
sem limite na suíte com o kit das 12
e café da manhã até que sou fã
de amenizar os complexos com sexo e não Lexotan.
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8. |
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Pazsado
Reverência as minhas referências devo
Escrevo me identifico com as aparências fervo
desde a adolescência no relevo de Jimmy Bo Horne
Whodini - I AM HO meu time do Soul
kC please don’t GO, Stevie, Minnie, Dione,
Marvin, Green, Benson, Curtis, slow (jam)
Funk Shun, Isley Jasper, Gap, Rose Royce,
Ray Parker, Earth e Curtis Blow,
por aqui no Brasil o som
no vinil neon nas pistas tocava Emilio, Wilson
Di Melo, Gil e Milton
Cassiano, Da fé, Tim Maia, Black Rio e Hildon
Paulo Diniz, Luiz Melodia
Eu falo é raiz e fico feliz pelo dia
que ouvi Sandra Sá e Marcia Maria,
injeção sem falácia que nem Farmácia daria
Musical como Mestre Marçal, Bide,
Manacea, Candeia, Mijinha, Monarco e Alcides
Mano Décio, Molequinho, Silas de Oliveira,
Padeirinho, Zagaia, Xangô Da Mangueira,
Gargalhada, Babão e Noel De Oliveira,
Brancura, Edgar Estácio escola primeira
dentro do meu peito só que é real incide
no peito o real reside.
Refrão
Raridades que música tem meu bem
meu povo é base no que hoje entretém
quem fica parado quando bate na pista
se não sabes de nada, então cate essa lista
Thiago Ultra
Aos 14 vivendo a contradição
Elucidação os versos são a fuga da brancura
Meu corpo reduto da negação
Orientação, 33 rotação parte da cultura
Back to Back funk rasteiro de cria
Fim de semana no parque é o grave batia
Acuado me via, cresci no fundo, quintal
Descobri que era preto ouvindo as rimas do Brown
Fui de Pac a Biggie, Wu tang clan killa bees
Do poeta funkeiro que só quer ser feliz
De Marcinho a Jay z, clamor solitário
Big L, Eazy E, Sabotage lendário
Cada um por si assim cantou Kid Nice
É da ponte pra cá, onde os preto renasce
1 por amor, 2 pelo din
No processo avançado, Mzuri, Black Alien e Rakim
No passinho Trinere, Jump Around no Bate
Gang Starr, Pete Rock, refinado quilate
Big Pun rei do flow, Doom, J Dilla, A tribe
Madlib é gênio mesmo que o sample acabe
Viajando na balada bumbo e caixa
Brotei no 175, reverencio o Bill por cada faixa
Poeta G.O.G Almir Guineto
Subi no Quinto Andar, só pra ouvir a poesia de concreto
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9. |
Skit Empatia
04:50
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10. |
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PaZSado
A rua é uma safra no duro
cada hora colhe um ou outro no enduro,
sem seguro igual Mafra.
Estão eles de Honda, Suzuki, na ronda de Dafra,
Yamaha tendo asas na marra como Byafra,
voar, eles inventam suas modas
se entrega nas entregas, em todas bandas,
mas com as demandas há quebra da regra em duas rodas
ninguém se alegra com o que lega a rua poda
poucos reais pelo fixo, hora e prazo, agora o caso é aqui jaz em prefixo,
renda extra entenda voltar vivo ainda é mais que palestra
é palavra que não finda em sufixo,
os momentos, são sinas nas quinas das esquinas adrenalina
ali na veia corre a endorfina afina fina nos carros,
escarros no corredor dor e alegria são de sentimentos que mixo
os que têm fé fazem sinais de crucifixo,
menções de proteções antes da ripa
anteninhas em guidões se equipa,
pois, vários verões levaram diários em sessões de pipa
preocupações de familiares em lares
se demorares qualquer esporro é pouco,
pois são outros patamares os ares de capacete e gorro
se palmares a vida de um cachorro louco.
Refrão (Gabriel Dias)
mantendo o foco no processo da cidade,
Habilidade, agilidade e ainda violões
Contatados pela prioridade,
praticidade, comodidade por pouco cifrões
São cartões, pizzas, documentos,
médicos que não saem na foto de heróis
eu noto que é “nóis” levando uma vida livre e mista
nas pistas sumindo das vistas motoboys.
( Killa Bi )
Costurando carros com pressa
Rua apressa sempre apertado da mãe a prece em casa
O tempo é curto pra entregar e encomenda tem de chegar
Da melhor forma nada nada pode quebrar
Ferramenta de trabalho
Cabeça corpo salário não paga o risco que corre
Todo dia e corre com o vento na cara
Com chuva na cara de capacete ninguém olha pra cara
Entrega o pacote e some, não sabem o nome
Contatos por aplicativos
Bem avaliado pra se manter ativo
5 estrelas só por continua vivo
Cachorro louco motoboy profissão perigo
Chama no grau joga esse beat que deslizo
Já deu a seta esse é único aviso
Pra uns um hobby para pra maioria é serviço
Como sempre quebrada serve sem ser visto
Ligeira chego antes do horário previsto
Faço o corre a coisa certa mesmo que seja difícil
de milhão na contra mão olha pra mim eu não desisto
De mochila na função me dá a missão que eu realizo
Cachorro louco motoboy profissão perigo
Chama no grau joga esse beat que deslizo
Já deu a seta esse é único aviso
Pra uns um hobby para pra maioria é serviço
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11. |
Tempo Feat. Arnaldo Tifu
04:50
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Pazsado
Às vezes sou impulsionado pelo relógio.
Ela para no pulso e me faz lembrar quanto tempo eu tenho.
Tenho pouco tempo, por contratempo expulso.
Toda neurose em tempestade aproveito o tempo avulso.
Na memoria quantas histórias fuço.
Que a gente não conta quantas histórias se perderam.
Eram simplórias, mas não corremos, por que vivemos.
Atrás de glorias, mas hoje nem a vitória aguço.
É necessário um tempo com a família, filho e filha.
Pois amanhã é andropausa sujeito, nada pausa feito cena.
Sentimos a causa e efeito a pena.
É olhar quem se foi e agora chora em soluço.
tá ruço mesmo viver entre tempo e hora.
A meu ver só tem piora, mas todos tem priora.
O que busco só sem tempo se aprimora.
No brusco caminho que por mim alguém ora de bruços
Refrão
Eu perdi tempo pensando no tempo
Que gastaria se um dia tivesse tempo
Me dá um tempo pra viver minha vida
Meu laço no compasso fora de espaço e tempo
Tifu
A previsão do tempo não pode prever
Quanto tempo ainda temos pra viver
Sem tempo desperdiçar sorrisos
Rimo no tempo do beat um verso preciso
Tempos difíceis ensinam difíceis lições
TEMPVS de risos TEMPVS de tribulações
Aproveite o tempo investindo em boas ações
Ou seja refém do tempo em suas lamentações
Difícil mesmo é encontrar o tempo perdido
Tempo é templo em que habito faço sentido
Passei um tempo deprimido desiludido
Se eu desse chance para o tédio tava fudido
Dizem que o tempo passa o tempo voa
Se tempo fosse dinheiro ninguém gastaria à toa
Tenho uma pergunta boa
As pessoas mudam com o tempo ?
Ou o tempo muda as pessoas
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12. |
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Pazsado
Um pouco surpreso com o peso dos anos
O sobrepeso dos planos não concluídos
Não está mais aceso meu mano
Sair do senso comum nos causa danos
Penso com um homem que se sente indefeso com cano
Sabe quando não cabe mais nenhum segundo
O sentimento profundo e que o fundo desabe
E deixemos de ser espelho refletindo desejos
Alheios desde fedelhos até que o mundo se acabe
E viver dessa forma, tem que esquecer o saber.
Inconforma o ser. E a decepção é absoluta
Sem opção e com o sabre sua luta
É vencida na força e tua porta se abre soluta
E o que esperam de nós, que sejamos a voz.
O grito contido a peça vendida em cerâmica.
Tenho vivido uma lida romântica
Mantido surpreso, pois a vida é dinâmica.
(Mascote):
E eu...
Com mais da metade da estimativa, vivida
De forma ávida e um tanto perdida
Se questionando o porquê de se manter na ativa
Sobre o que mantém a chama de sua rima viva
E a alternativa? Ser mais um proletário com honorário e horário que desanima e priva
Minha afirmativa? Seguir aqui firme com Deus pelos meus e aos que nossa obra prima criva
Enquanto, boletos se acumulam
Cabrestos carapuças aqui vestem as mulas
Comportamentos fascistas emulam
Na net só embate sem partir pra debate verdade manipula
Algoritmos, ditam o ritmo
De tudo o que lemos e ouvimos no íntimo
Empresários ganham mimos de memes eleitos
Futuro incerto pesa enquanto me deito
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13. |
It's Gone Feat. Guiffer
04:50
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Guifer
Nosso amor, tava bom
O nosso amor, tava bom
Quem falhou
PaZSado
Ela foi embora sem boi em bora
Tenha impedido o pedido de ser minha senhora
Sem pena sem hora iludido por roles meros
Que um sentimento sincero logo penhora
Eu quero não basta só arrasta a relação
Desgasta hasta la vista coração
A pasta cheia de carta vasta adoração
Que por essa gasta paixão minha vó nem ora
O que sou agora fruto de outrora
Puto, pois não sei se ela foi ou mora
No pensar pesado como chumbo ou tora
Que é o luto do homem que ri ou chora
Suporto nos ombros os escombros
Busquei paz, mas fui praga como os pombos
Ficou esse arrombo no peito mal feito
Hoje deito no leito e a sensação biombo
Rondo sem norte sem sorte
Sem coração não sem suporte
Sem razão não, não, não forte
Tento apenas viver me escondo da morte
Isso me irradia dia após dia
Sem tua magia que agia interagia
Mas um novo dia logo irradia
Quando vejo a fotografia o recorte
Refrão Guiffer
Nosso amor, tava bom
Mas o nosso jogo acabou
Quem falhou, Quem falhou
Nosso amor, tava bom
Guiffer
Algo ficou por explicar
Nas últimas vezes optamos pelo sexo ocasional
Sentimento despidos no quintal
Corpo que se amaram
Agora estão a extingar se
O jogo virou
Não trará a sua companhia
Escrevo com desejo
Amei-te um dia
Adultos têm aceitações
Moleques têm frustrações
|
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14. |
Hora do Hush
04:50
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saída do trampo moto carro assim se estende o rush
stress rende aos montes em cels kandy Crush
no trânsito em transe tô em dias de rodízio
radares moveis arte vadia de Dionísio
automóveis novos, no asfalto imóveis povos
em todas as cidades concentrados no pisar de ovos
é volátil na estrada atrás do volante
são fechadas com o possante sem olhar o retrátil
sobe o sangue no momento e o sentimento não é tátil
e uma troca de xingamento e um talento versátil
para escapar do projetil que sai daquela portátil
pra voltar para casa sem acidentes, multas ou pátio
pulsátil de tristeza é o transporte público
espera, inalando o monóxido de carbono
para quem tem a opção de ser o suporte único,
fera, deixa o carro é paradoxo pro dono
Da marca mais barata até a barca de luxo
Arca com o fluxo intenso e piora com chuva
Enchente. Encharca, bate água no bucho
Carros boiam e nos boiados sempre tem gente
Urgente a notícia, a cidade não anda
desde cedo o medo de atrasar no trabalho
Pro atalho nas bandas de Google Maps e Waze
Ceps são crazy, assim como os raps no kaze
Ajudam na descontração tá tudo parado
Estressados motoristas forçam ultrapassagem
Na Dutra aquaplanagem não cometa vacilo
A quilometragem é grande pra quem tá apressado
Comete vários equívocos sem placa que o adestre
Mestre da infração mandou pra maca pedestre
Não saca que esse semestre perderá o documento
Discernimento na rua é um mandamento rupestre
Guerra terrestre orquestre a paciência
bombeiros e ambulâncias, policias em diligências
ambos e abundância, pericias nas ocorrências
tudo na circunstância das vias com violência
Não regozijo com isso, exijo e dou respeito
Pois ele não se defasa, dirijo pelas
ruas pensando em também ter asas
das 6 às 8 Querendo voltar pra casa
|
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15. |
Mendigos
04:50
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Primeira parte
Não tenho hora nem dia, minha moradia
Agora são guias, minha proteção como quem ora por guias e clama.
Pois as camas que deito lá fora são frias
Não tem trama, é real é o mal que chora nas vias.
Policias com atuações densas
Em ações geram mais situações tensas
Vacilou jaz com milicias imensas histórias
Em jornais de autuações prensas
Peregrino da rua quando menino não diria que um dia
O perigo é hino da lua me imagino na sua e tu na minha.
O espaço da linha é fino um desatino continuo é vala
Na mala levo só meus desejos,
Vejo que a vida da volta e não importa o cortejo,
Rejo Minha trajetória aproveitando os ensejos
Molejo É preciso para o tanto que almejo,
Refrão
A flor de bem irrigo, mesmo com todo mal, o amor convém sigo
Pra matar a dor também que nem digo
de um morador, sem bem, sem abrigo
visto como ninguém além de mendigo
Segunda parte
Ao moço eu peço almoço, confesso.
Que mal posso ter acesso real por vosso tal osso
Ousa moça a gente não embolsa bolsa.
Como da possa o que desperdiça da louça.
Noviça boçal iça campanha leve sopa a missa,
Mas é omissa braçal, essa noite foi abaixo de zero
embaixo do mero papelão na madrugada tipo tremia
Meu camarada havia adormecido
Com a alma congelada falecido de Hipotermia
Mesmo quem se escondeu em algum breu, sofreu
Mesmo eu, esqueceu com meu biótipo temia.
E assim se esvai a noite, sol amanhece o lençol se aquece
Talvez em prol da prece, e corpo sem formol
Apodrece alguém no farol se envaidece se achando o Rol da espécie,
|
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16. |
Escroto
04:50
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|||
Eu acordo saio me recordo caio
Na real de que o mundo que vão é escroto
Desde o tempo da escravidão escroto
Servidão é escroto saber que a luta
De algum irmão foi em vão é escroto
Morreram na escuridão na fuga do mato
Na mão no trato de algum capitão escroto
E hoje decapitam a ascensão
Conforme captam que capacitação
É evolução é escroto
Reflexo escroto
Fico perplexo é que sou escroto
Ao tratar a mulher como objeto de sexo escroto
Parece que isso já nasce anexo ao escroto
Hexa escroto...
É se achar mais que os mais escrotos
Por diferencias que diminuem os demais é escroto
Ou seja, alguns reais escrotos
Que financia a miséria daqui até a Nigéria é escroto
Essa parada é bem séria, escroto
Tu planta o ódio na artéria,
Matéria primeira pra chegar ao pódio
Nesse episódio de trincheira e covil
o ser se torna hostil frio como Sibéria é escroto
Minha filha não aceita o cabelo é escroto
Meu filho tem vergonha da pele, não é apelo escroto
Meu primo pelo teu prédio tem zelo escroto
É pesado nos repelem são só pesadelos escrotos
Perfumes de esgoto escroto
Que a vida nos dá nos rostos rotos escroto
é sem mistura igual risoto escroto
Pela cultura que se criou sem piloto escroto
Refrão
Brancos querem ser negros
Negros querem ser brancos
Brancos no carnaval
E negro dentro banco
Mulheres querem ser lindas
Homens bem sucedidos
Mulheres querem os sucedidos
Homens mulheres lindas
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PaZSado São Bernardo Do Campo, Brazil
Pazsado é um rapper de São Bernardo do Campo, atuante no cenário underground do rap com relevância desde meados de 2000. Integrante do coletivo Studio Kasa e da dupla The NB's, é conhecido por suas rimas habilidosas e temas pouco abordados, como a saúde mental e as injustiças sociais. Com sua música, busca inspirar e trazer mudanças positivas para sua comunidade. ... more
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